IDH brasileiro diminui e país perde posição no ranking mundial
9 de setembro de 2022, 12h29
De 2020 para 2021, o Brasil caiu da 86ª para a 87ª posição no ranking de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas (ONU), que mede o bem-estar da população em termos de renda, escolaridade e saúde. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8/9) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil ficou em 0,754. Em 2019 o país registrava 0,766. Até então, o IDH brasileiro vinha subindo ano a ano — em 2010, por exemplo, o índice era de 0,723. Quanto mais próximo de um, maior é o desenvolvimento humano nacional.
O IDH global é de 0,732. Ou seja, o índice brasileiro é considerado elevado. Porém, o país retrocedeu ao patamar de 2014, quando o IDH nacional também era de 0,754. O recuo é superior à média mundial — o IDH global voltou aos níveis de 2016.
Mais de 90% dos países registraram declínio em 2020 ou 2021, especialmente em função da crise de Covid-19 e da guerra na Ucrânia. O Brasil caiu consecutivamente nos dois anos. As informações são do jornal O Globo.
Com relação a 2019, o único aspecto que derrubou o IDH do Brasil foi a saúde. A renda média avançou de lá para cá, e os indicadores de educação ficaram estagnados.
O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo (mais de 684 mil), atrás apenas dos EUA. Já a expectativa de vida média do brasileiro caiu de 75,3 anos em 2019 para 72,8 em 2021. O número é semelhante ao de 2008, quando a esperança de vida estava no patamar de 72,7 anos. A queda também foi superior à média global, que diminuiu 1,6 ano.
Quando a desigualdade é levada em conta, o desenvolvimento humano brasileiro vai para 0,576, uma queda de 23,6%. O país tem indicadores ruins de desigualdade de renda e de gênero — a expectativa de vidas das mulheres é 6,4 anos menor que dos homens, enquanto a renda média anual é US$ 7 mil menor.
Pelo mundo
O líder do ranking de IDH é a Suíça, com 0,962. Em seguida aparecem Noruega (0,961), Islândia (0,959), Hong Kong (0,952) e Austrália (0,951).
A Alemanha, maior economia da Europa, está na nona posição, com 0,942, seguida de perto pelos Países Baixos (0,941). O Reino Unido é o 18º colocado.
O país sul-americano mais bem colocado é o Chile, com 0,855, na 42ª colocação. Atrás vêm Argentina, em 47º (0,842); Uruguai em 58º (0,809); Peru em 84º (0,762); e só depois o Brasil. A Colômbia está próxima, em 88ª (0,752).
Nas Américas em geral, o Canadá é o mais bem colocado (15º), com 0,936. Os EUA aparecem em 21º, com 0,921. Cuba tem 0,764, na 83ª colocação. O México está uma posição à frente do Brasil (86ª), com 0,758.
Os três últimos colocados dentre 191 países são os africanos Níger (0,4), Chade (0,394) e Sudão do Sul (0,385).
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