Sem prorrogação

Moraes afirma que operações da PRF não impediram que eleitores votassem

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30 de outubro de 2022, 16h42

Após as denúncias de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estava fazendo operações policiais com bloqueio de transporte de eleitores, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, afirmou na tarde deste domingo (30) que as operações foram suspensas e que elas não impediram que os eleitores chegassem ao locais de votação.

Abdias Pinheiro/SECOM/TSE
Ministro disse que operações causaram atraso, mas descartou prorrogar votação
Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

"O prejuízo causado aos eleitores foi o atraso, mas volto a dizer: nenhum ônibus voltou para a origem. Todos seguiram para a seção eleitoral", afirmou Alexandre. Segundo ele, os veículos parados pela PRF eram submetidos a vistoria e liberados em seguida.

O ministro disse ainda que não haverá prorrogação do horário de votação, mas os responsáveis pelas operações poderão responder por crimes tanto na esfera comum quanto na eleitoral.

"Se houve desvio de finalidade e abuso de poder, no âmbito do TSE isso é crime eleitoral e, no âmbito da Justiça comum, nós enviaremos para que sejam responsabilizados por ato de improbidade administrativa."

Mais cedo, o presidente do TSE intimou, por meio de despacho, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, a explicar por que as operações policiais estavam sendo feitas mesmo após a proibição de qualquer ação deliberada da polícia que afete o transporte público dos eleitores.

O despacho do TSE cita um vídeo no qual um usuário do Twitter afirma que a PRF estava fazendo blitz na entrada de Cuité (PB), impedindo o transporte de eleitores mais pobres. Outros vídeos mostravam bloqueios de ônibus e demais veículos, com eleitores vestida de vermelho em todas as regiões do país, inclusive feitos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Foram pelo menos 560 operações nas rodovias do país.

Ainda neste domingo, Silvinei usou sua conta pessoal no Instagram para defender o voto no presidente Jair Bolsonaro. Nos stories do aplicativo, ele postou uma foto da bandeira do Brasil junto com a frase "Vote 22, Bolsonaro presidente".

No começo da tarde, os advogados da campanha de Lula pediram a prisão de Silvinei Vasques. Além do diretor da PRF, a coligação pediu a detenção de superintendentes regionais que não estejam cumprindo a determinação do TSE, que proibiu operações de blitze neste dia de eleições.

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