'eu autorizo'

Bolsonaristas pedem intervenção militar na sede das Forças Armadas no Rio

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2 de novembro de 2022, 16h19

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) protestam contra o resultado das eleições desde a manhã desta quarta-feira (2/11) na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro, em frente ao Comando Militar do Leste (CML). Os manifestantes pedem intervenção militar e gritam "eu autorizo".

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Concentração de bolsonaristas em frente ao CML nesta quarta-feiraReprodução

Vestidos de verde e amarelo, notadamente com camisas da seleção nacional de futebol, os bolsonaristas seguram bandeiras do Brasil e faixas pedindo "socorro" ao Exército.

O CML é um símbolo militar carioca. Lá funciona o palácio Duque de Caxias, que é base das Forças Armadas para os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O local também é um ponto tradicional de manifestações conservadoras.

As duas faixas da avenida — uma das principais da região central da cidade — estão tomadas pelos manifestantes. A pista lateral foi ocupada e a via do veículo leve sobre trilhos (VLT) próxima à estação Cristiano Ottoni foi interditada. Os carros seguem desviando pelas faixas centrais. O policiamento na área foi reforçado e um esquema especial de trânsito foi montado.

Há outros pontos de concentração de bolsonaristas na capital fluminense e também em São Paulo e em Brasília. Na capital federal, os manifestantes se reúnem no Quartel-General do Exército desde esta terça-feira (1º/11).

Bolsonaro perdeu a eleição presidencial deste domingo (30/10) para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente permaneceu 44 horas em silêncio e só se pronunciou publicamente na tarde de ontem.

Em seu discurso, o candidato derrotado não chegou a cumprimentar Lula ou reconhecer explicitamente a vitória do petista. Ele disse apenas que continuaria "cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição".

Em meio à onda de bloqueios de rodovias por parte de bolsonaristas, o atual chefe do Executivo disse que os movimentos "são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral" e pediu apenas que não houvesse "invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir".

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