X FÓRUM JURÍDICO DE LISBOA

Falta de cotrole da segurança privada é um risco para o país, diz ex-ministro

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30 de junho de 2022, 17h28

O crescimento das forças de segurança privada no Brasil, sem que haja o devido controle desse fenômeno pelo poder público, é uma fonte de insegurança para o país, pois esse quadro agrava problemas como o tráfico de armas.

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ConJurRaul Jungmann defendeu controle das forças de segurança privada no país

Esse cenário foi desenhado pelo ex-ministro Raul Jungmann, que comandou a pasta da Segurança Pública em 2018 e é cofundador do IREE Defesa & Segurança. Antes, ele havia chefiado os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Defesa. Jungmann esteve em Portugal para participar do X Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

"Em princípio, a segurança privada não representa um risco para a democracia porque há um poder regulador público, mas existem precariedades nesse controle", afirmou o ex-ministro.

"Por exemplo: a Polícia Federal não dispõe de efetivo para controlar o setor da segurança privada, que tem mais de um milhão de empregados formais e dois milhões de informais. Isso gera uma perda de controle que contribui para insegurança, venda de armas e outros problemas."

Em entrevista à TV ConJur, Jungmann falou também sobre os riscos de os direitos e as garantias fundamentais da Constituição serem usados em ataques contra a democracia, o que, em sua opinião, tem acontecido no Brasil.

O X Fórum Jurídico de Lisboa contou com o apoio da FGV Conhecimento, do Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e do escritório Décio Freire Advogados.

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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