Fórum Jurídico de Lisboa

Brasil carece de lei de responsabilidade social, defende Luiz Carlos Trabuco

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29 de junho de 2022, 12h15

O Brasil carece de métricas que avaliem o que os governantes estão fazendo para reduzir a miséria, a pobreza e a desigualdade. É urgente que esses indicadores sejam criados e regulados por uma lei de responsabilidade social.

Câmara Municipal de Marília/Reprodução
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração do Bradesco Câmara Municipal de Marília/Reprodução

A opinião é de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração do Bradesco. O executivo participou, nesta quarta-feira (29/6), do X Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Para Trabuco, a instituição de uma lei de responsabilidade social no país é fundamental para que tanto gestores públicos quanto a sociedade possam acompanhar, por meio de métricas adequadas, o que o Estado e os governos estão fazendo para solucionar problemas sociais.

"Temos várias situações em que a favelização, a fome, a miséria e a exclusão precisam ser enfrentadas com métricas para que a sociedade possa avaliar os seus governantes", disse o executivo à ConJur.

"Nós carecemos de um Brasil de métricas, que avalie o que estamos fazendo para reduzir a miséria, a pobreza e a desigualdade", afirmou.

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco considera que, assim como existem indicadores em relação à dívida pública, por exemplo, é necessário criar métricas sobre a responsabilidade social do Estado.

"Tão importante quanto a lei de responsabilidade fiscal é uma lei de responsabilidade social", defendeu Trabuco. "O Brasil não é um país pobre. O Brasil é um país desigual. E é evidente que a nossa missão no século 21 é reduzir a desigualdade".

O X Fórum Jurídico de Lisboa conta com o apoio da FGV Conhecimento, do Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e do escritório Décio Freire Advogados.

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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