reunião com embaixadores

Procuradores cobram Aras por investigação de ilícitos eleitorais de Bolsonaro

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20 de julho de 2022, 10h37

Os procuradores regionais e federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, nesta terça-feira (19/7), pediram ao procurador-geral Eleitoral Augusto Aras que apure possíveis ilícitos eleitorais cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro durante encontro com embaixadores na segunda-feira (18/7).

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bolsonaro atacou Justiça Eleitoral e urnas eletrônicas nesta segunda-feira (18/7)Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em reunião no Palácio da Alvorada (sua residência oficial), em Brasília, Bolsonaro questionou o sistema eleitoral brasileiro e repetiu teorias infundadas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. O presidente ainda afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral esconderia um suposto inquérito sobre uma invasão hacker à sua rede em 2018.

Os ataques foram rapidamente rebatidos pela Secretaria de Comunicação e Multimídia do TSE, que prestou esclarecimentos sobre cada alegação do chefe do Executivo.

De acordo com os procuradores, Bolsonaro promove uma "clara campanha de desinformação", que "semeia a desconfiança em instituições públicas democráticas, bem como na imprensa livre".

Para eles, a conduta do presidente "afronta e avilta a liberdade democrática", na intenção de desestabilizar o processo eleitoral. Com isso, ele estaria cometendo ilícitos eleitorais decorrentes do abuso de poder.

"A desinformação deve ser veemente combatida, pois cria narrativas paralelas que tentam formar opiniões com base em manipulação, emoção, utilizando, inclusive, artifícios tecnológicos que podem dar uma precisão nunca outrora vista em relação ao perfil das pessoas a serem enganadas", diz o documento

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