Operadoras concorrentes atracam-se por causa de vídeo fake
13 de julho de 2022, 17h11
Alvejada por um vídeo apócrifo destruidor, a plataforma de orientação financeira TC (de TradersClub) está determinada a descobrir quem foi o concorrente que derrubou os valores de suas ações em 50%, o que equivaleria a cerca de R$ 1 bilhão em prejuízos. Depois de abrir inquérito na Polícia Federal, a empresa está ajuizando processos nas áreas cível e criminal, mais um administrativo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

de vídeo com a personagem Bettina
Reprodução
No vídeo, uma atriz anonimizada com maquiagem de palhaço acusa a plataforma de crimes, como manipulação de preços. A difusão do vídeo, aparentemente feita por profissionais de marketing, foi antecedida de notinhas em jornais.
A imputação da prática de ilegalidades e de que a CVM estaria investigando o TC — o que não se confirmou — já havia sido feita antes por uma concorrente da empresa, a Empiricus. A acusadora foi interpelada na Justiça e por meio da CVM e Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
A Empiricus é famosa por sua audácia. Foi a empresa que celebrizou a personagem Bettina. Um vídeo que seria punido pelo Conselho de Regulamentação Publicitária (Conar) e multado pelo Procon-SP e pela CVM por publicidade enganosa.
Os processos e representações, ainda que se arrastem ou não sejam conclusivos, servirão para revelar algo da guerra intestina travada nesse mercado. Aparentemente, não muito diferente do que o cinema retratou em "O Lobo de Wall Street" ou no "Rei dos Stonks", em cartaz na Netflix.
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