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Inquérito que apura existência de milícia digital é prorrogado por 90 dias

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10 de janeiro de 2022, 18h14

Mais um inquérito que investiga grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro foi prorrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal — desta vez, o que apura a existência de milícias digitais. Em despacho publicado nesta segunda-feira (10/1), Alexandre estendeu as investigações por mais noventa dias. Esta é a segunda vez que o inquérito é prorrogado; a primeira foi em outubro de 2021.

Fellipe Sampaio /SCO/STF
Alexandre prorrogou inquérito que envolve aliados de Bolsonaro. Fellipe Sampaio /SCO/STF

O inquérito foi iniciado em junho do ano passado para apurar a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito. Tal organização, segundo apurações da Polícia Federal, seria articulada em núcleos de produção, publicação, financiamento e político. Além disso, existem suspeitas de que haveria financiamento com verbas públicas.

Os atuais prazos de investigação seriam encerrados em 6 de janeiro e a prorrogação contará a partir dessa data, segundo despacho do ministro. "Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (6 de janeiro de 2022), o presente inquérito", diz o ministro.

Na semana passada, o magistrado havia prorrogado, também por 90 dias, o inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. As apurações investigam declaração feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. De acordo com Moro, Bolsonaro queria ter alguém do "contato pessoal dele [na PF] para poder ligar e colher relatórios de inteligência".

Leia o despacho de Alexandre de Moraes
Inq. 4.874

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