declarações em podcast

PGR vai investigar Monark e Kataguiri por possível apologia ao nazismo

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8 de fevereiro de 2022, 20h47

Nesta terça-feira (8/2), o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a instauração de procedimento para apurar a possível prática de crime de apologia ao nazismo pelo youtuber Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, e pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP).

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Apresentador Monark defendeu a criação de um partido nazista no paísReprodução/Youtube

Durante o programa "Flow Podcast" transmitido nesta segunda-feira (7/2), Monark, que é um dos apresentadores, defendeu o reconhecimento, pela lei, de um partido nazista no Brasil. Ele afirmou que as pessoas teriam o direito de ser idiotas e até mesmo anti-judeus. Após as declarações, o youtuber foi desligado do programa.

Já Kataguiri, um dos convidados da edição do podcast, disse não concordar com a criminalização do nazismo na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, "por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime".

A assessoria criminal de Aras vai analisar o teor das declarações, já que o caso envolve um parlamentar com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal.

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Deputado Kim Kataguiri criticou criminalização do nazismo na AlemanhaCâmara dos Deputados

O PGR, embora não possa se posicionar sobre o caso específico, reiterou sua posição contra o discurso de ódio e a favor do respeito às diferenças, ao pluralismo e ao multiculturalismo, como reconhecido pela Constituição.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) já defendeu que "o direito à liberdade de expressão não é absoluto e repudiar o nazismo é uma tarefa permanente, que deve ser reiterada por todo". Com informações da assessoria de imprensa do MPF.

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