Desembargador que atacou TSE também ironiza Estatuto do Desarmamento
2 de fevereiro de 2022, 21h13
O desembargador Sérgio Martins, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, foi tema de reportagem recente da ConJur por replicar nas redes sociais ataques ao Tribunal Superior Eleitoral.
O magistrado — um dos cotados para ser o próximo presidente da corte sul-mato-grossense —, porém, não fica por aí: ele também compartilha opiniões polêmicas sobre outros temas, isso quando não faz afirmações controversas ele mesmo.
No último dia 23, por exemplo, o desembargador decidiu ignorar todos os possíveis usos domésticos da faca e defendeu a proibição do utensílio pelo Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).
"O Estatuto do Desarmamento deveria proibir é o uso de facas. Primeiro, um psolista esfaqueia o então candidato a presidente. Agora, um torcedor invade o campo no jogo São Paulo x Palmeiras com uma arma branca. Armas de fogo nunca foram problema, mas sim a solução", pregou.
O primeiro episódio a que o magistrado se referiu foi o ataque sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha para a Presidência da República. E a informação divulgada pelo desembargador é falsa. O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo, desfiliou-se do Psol em 2014 e as investigações da Polícia Federal nada encontraram que relacione o crime à legenda de esquerda.
A conclusão das 1,2 mil páginas do inquérito é que o ataque a Bolsonaro foi iniciativa solitária de uma pessoa com problemas psiquiátricos.
Além de defender as armas de fogo e ironizar o Estatuto do Desarmamento, Martins também costuma compartilhar postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do atual presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
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