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Centro Cultural Justiça Federal debate caso Olga Benário em 19/8

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17 de agosto de 2022, 11h36

O Centro Cultural Justiça Federal promove, nesta sexta-feira (19/8), um encontro para debater a decisão de 1936 que autorizou a extradição da comunista de origem judaica Olga Benário Prestes para a Alemanha nazista, onde ela foi executada em um campo de concentração. O evento ocorrerá a partir das 14h, com transmissão pelo canal do instituto no YouTube.

Divulgação
Participarão do debate a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia; a historiadora Anita Leocadia Prestes, filha de Olga Benário Prestes; a desembargadora federal e diretora-geral do CCJF, Simone Schreiber, e o cientista político Paulo Celso Correa.

A decisão foi tomada em 1936 pela Corte Suprema dos Estados Unidos do Brasil, nome que o Supremo Tribunal Federal recebeu pela Constituição de 1934, no julgamento do Habeas Corpus 26.155, impetrado pelo advogado Heitor Lima em favor de Olga Benário Prestes.

A defesa tentou, sem sucesso, impedir a deportação da revolucionária de origem judaica para a Alemanha nazista, conforme determinado pelo governo de Getúlio Vargas, por conta da atuação da militante no levante conhecido como Intentona Comunista, em 1935.

O evento será fechado para convidados e jornalistas previamente cadastrados e ocorrerá na Sala de Sessões do CCJF, que fica na Avenida Rio Branco, 241, no Centro do Rio de Janeiro.

Arquivo Federal Alemão
Olga Benário foi extradita para a Alemanha nazista
Arquivo Federal Alemão

Olga Benário
Dentre os casos mais famosos da história do STF , está o HC 26.155, de 1936, "impetrado em favor de Maria Prestes (Olga Benário) com a finalidade de impedir a expulsão da paciente, grávida, para a Alemanha Nazista", como relata o ministro Celso de Mello no opúsculo "Notas Sobre o Supremo Tribunal Federal".

A alemã Olga Benário, que era mulher do líder comunista Luiz Carlos Prestes, fora presa para ser expulsa do país, como estrangeira perniciosa à ordem pública. O HC foi pedido para que ela fosse julgada por crimes cometidos no Brasil, alegando-se sua gravidez. Como informa Celso de Mello, "pedido lamentavelmente não conhecido", Olga Benário foi deportada, entregue aos nazistas e morreria em 1942, no campo de concentração de Bernburg.

Clique aqui para ler o HC
HC 26.155

Acompanhe o evento no vídeo abaixo, ou clicando aqui:

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