"Marcha da família"

Blogueiro envolvido na preparação de atos do 7/9 é preso por ordem do STF

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3 de setembro de 2021, 18h17

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal prendeu na tarde desta sexta-feira (3/9), em um hotel de Brasília, o blogueiro Wellington Macedo, ligado a grupos bolsonaristas que estão organizando os atos antidemocráticos previstos para ocorrer no dia 7 de setembro, na capital federal e em outras cidades.

Nelson Jr./SCO/STF
Alexandre mandou prender blogueiro bolsonarista
Nelson Jr./SCO/STF

A PF confirmou em nota que ocorreu a prisão preventiva de Macedo com "o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito que tramita naquela Corte". O inquérito é o que foi aberto por determinação do ministro Alexandre e que culminou na prisão do cantor Sérgio Reis, do deputado Otoni de Paula (PSL-RJ) e outras oito pessoas, no dia 20 de agosto. 

O blogueiro já estava na mira das autoridades desde a prisão dos demais envolvidos nos atos antidemocráticos e a Procuradoria-Geral da República já havia pedido a instauração de inquérito contra ele. Ele também foi alvo de busca e apreensão por parte da Polícia Federal.

De acordo com o inquérito aberto por Alexandre, Sérgio Reis aparece em vídeo divulgado por Wellington Macedo, que se apresenta como "coordenador nacional da Marcha da Família", cujo perfil no Instagram também convida cidadãos para "o ato violento e antidemocrático a ser realizado no dia 7/7/2021".

As imagens mostram Sérgio Reis discursando, no dia 13/8/2021, ao lado de Marcos Antônio Pereira Gomes (Zé Trovão), Eduardo Araújo e Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, para aproximadamente 23 (vinte e três) empresários do agronegócio na sede da entidade, em Brasília.

O inquérito registra que, “o artista, visando afrontar e intimar os poderes constituídos, noticia, conjuntamente com Zé Trovão e Eduardo Araújo, que seu grupo pretende para o país por 72 horas e que se o presidente do Senado Federal ‘não fizer nada’, nas outras 72 horas ‘ninguém anda[rá] no país. De acordo com o cantor “vai parar tudo. Não [….] só Brasília, […] o país. Assegura que ‘nada nunca foi igual ao que vai acontecer’ e, ao fim, desafia os ministros do Supremo Tribunal Federal: ‘Se eles não atenderem ao pedido, a cobra vai fumar’, asseverou, em tom de ameaça”.

INQ 4879 / DF

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