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Tribunais de Justiça da Região Sul vão expandir Justiça digital

12 de outubro de 2021, 10h09

Por Redação ConJur

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Os Tribunais de Justiça de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul firmaram compromisso para expansão do Juízo 100% Digital, do Balcão Virtual e dos Núcleos de Justiça 4.0 em suas unidades. Representantes dos tribunais participaram, no último dia 1º, de reunião com o Conselho Nacional de Justiça para debater a implantação do Programa Justiça 4.0.

TJ PR
TJ-PRFachada do Tribunal de Justiça do Paraná

No documento, que traz metas e prazos para cada tribunal, também é priorizada a integração dos sistemas de tramitação de processos judiciais à Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro e a implantação do Codex nas bases dos sistemas processuais.

O Codex é a plataforma responsável por consolidar as bases de dados processuais, provendo conteúdo textual de documentos e dados estruturados que podem ser utilizados tanto pela Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (Datajud) como em modelos de inteligência artificial.

O Justiça 4.0 é uma parceria do CNJ com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Conselho da Justiça Federal para aprimorar o acesso e a prestação de serviços do Judiciário.

"O CNJ está envolvido em um grande convênio internacional com o Pnud para o lançamento de várias plataformas e soluções digitais, que irão permitir a integração da política judiciária nacional, da Plataforma Digital e demais softwares que facilitarão a prestação jurisdicional por parte dos magistrados e magistradas brasileiras", destacou o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Marcus Lívio Gomes.

Este foi o segundo encontro regional realizado pelo CNJ em parceria com os tribunais de Justiça. O primeiro foi realizado na região Sudeste no final de agosto. Os próximos serão na região Centro-Oeste (dias 7 e 8 de outubro) e Nordeste (14 e 15 de outubro). “Os encontros regionais que estamos promovendo proporcionam um ambiente em que podemos relatar as conquistas, discutir nossas dificuldades e encontrar soluções para as demandas que temos, eventualmente, na implementação do Programa Justiça 4.0”, explicou o secretário-geral do CNJ Valter Shuenquener.

Realidade local
O presidente do TJ-SC, Ricardo José Roesler, ressaltou que o Judiciário catarinense tem investido na área tecnológica para "garantir eficiência e celeridade na entrega da nossa atividade-fim". "O foco da nossa gestão se embasa em inovação e informação. Em termos de virtualização e digitalização dos serviços da Justiça, o Poder Judiciário catarinense está totalmente integrado ao Programa Justiça 4.0."

O conceito de "Justiça como um serviço" foi ressaltado pelo presidente do TJ-PR, José Laurindo de Souza Netto, que afirmou que o programa é uma oportunidade de conduzir o Judiciário ao futuro. "No mundo de hoje, a Justiça deve ser encarada como um serviço, portanto deve ser prestada com competência, celeridade e eficiência. O Justiça 4.0 guarda tudo no seu cerne. As barreiras físicas estão sendo eliminadas para que a Justiça seja prestada não mais levando-se em conta o critério territorial, mas o critério de especialização."

Corregedora-geral do TJ-RS, Vanderlei Teresinha Kubiak afirmou que o tribunal está "empenhado em oferecer ao cidadão todas as facilidades desse novo modelo de gestão de processos, conferindo maior agilidade e efetividade à prestação jurisdicional". Para ela, a reunião proporciona a troca de experiências entre os tribunais da região sul do país, o que possibilita "qualificar os projetos e ações tendentes a implantação e consolidação da Justiça 4.0". Com informações da assessoria do CNJ.