Major Olímpio, 58, é o terceiro senador vítima da Covid-19
18 de março de 2021, 17h50
Morreu nesta quinta-feira (18/3) o senador Major Olímpio (PSL-SP), 58 anos, que estava internado com Covid-19 desde o começo do mês. A família confirmou a morte cerebral, nesta tarde, por meio da rede social do parlamentar. Outros dois senadores já haviam falecido devido ao novo coronavírus.
"Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, senador Major Olímpio. Por lei, a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados", afirma o texto.
O hospital São Camilo, na zona oeste de São Paulo, onde o senador estava internado desde o dia 2 de março, não confirmou a informação oficialmente. Os familiares não haviam autorizado a assessoria de imprensa do hospital a divulgar detalhes sobre o estado dele.
Em outubro do último ano, o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), 83, teve falência dos órgãos após mais de 15 dias internado. Já em fevereiro deste ano, José Maranhão (MDB-PB), 87, morreu após internação de 71 dias.
Quem deve assumir o lugar de Olímpio no Senado é o empresário Alexandre Luiz Giordano, primeiro suplente.
Manifestações
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, se manifestou: "O Brasil perde um parlamentar combativo pelo respeito aos valores institucionais do Estado democrático brasileiro. Solidarizo-me com o Congresso e com a família do senador. Envio ainda meu abraço aos familiares das mais de 285 mil vítimas da Covid-19 no Brasil".
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), lamentou a morte cerebral de Major Olímpio e decretou luto oficial de 24 horas na Casa Parlamentar.
Em nota, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, também expressou pesar. "Com profunda tristeza, lamento a morte do senador Major Olímpio. Político de atuação combativa, enérgica e comprometida com as causas da cidadania. Manifesto profundo sentimento de solidariedade aos seus familiares, amigos e ao parlamento brasileiro pela perda irreparável deste político sério e dedicado."
Em nota de pesar, o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) transmitiu solidariedade: "Era um estimado parceiro do IREE e um grande homem público, que contribuía com suas ideias para o fortalecimento do debate democrático, sempre aberto ao diálogo plural".
"Homem de coragem ímpar, leal a suas convicções e servidor público exemplar. Combativo parlamentar e com notória experiência em defesa dos direitos sociais, em especial na luta ferrenha em prol da Polícia Militar do estado de São Paulo, quando deputado estadual, mantendo-se firme em seus propósitos como deputado federal e, por fim, como senador da República. Que Deus possa acolhê-lo por todo o bem que causou a população em sua vida pública e privada", escreveu o constitucionalista Adib Abdouni.
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também manifestou pesar. "O senador foi parceiro da associação em diversos projetos e mostrou-se sempre aberto ao diálogo com os magistrados federais."
"A Ajufe lamenta a perda e manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares. E deseja também pronta recuperação a Diego Freire, assessor do senador, que segue internado por Covid-19 em estado grave."
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