pequi roído

Ministro da Justiça pede investigação de sociólogo por outdoor crítico a Bolsonaro

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17 de março de 2021, 16h14

O ministro da Justiça, André Mendonça, determinou a abertura de inquérito contra um professor e sociólogo de Palmas, capital do Tocantins, que organizou a instalação de dois outdoors com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. O dono da empresa contratada para a instalação também é alvo da peça.

Acervo Tiago Costa Rodrigues
Um dos outdoors instalados em Palmas que criticavam o presidente BolsonaroAcervo Tiago Costa Rodrigues

Tiago Costa Rodrigues, que também é secretário de formação política do  Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no estado, arrecadou R$ 2,3 mil em uma vaquinha online para providenciar o serviço. Os outdoors apresentavam as frases "Cabra à toa não vale um pequi roído. Palmas quer impeachment já!" e "Aí mente! Vaza, Bolsonaro, o Tocantins quer paz". As informações são do Estadão.

Em agosto do ano passado, um simpatizante de Bolsonaro apresentou queixa-crime que pedia a investigação do sociólogo e do empresário pela Lei de Segurança Nacional. A Polícia Federal iniciou as investigações, mas a Corregedoria Regional da PF e o Ministério Público Federal arquivaram o caso em outubro.

Comunicado da decisão, o ministro Mendonça, em dezembro, requisitou ao diretor-geral da PF a abertura do inquérito por crime contra a honra do presidente. Em janeiro, os homens prestaram depoimento à delegada da PF Aline Carvalho Miranda por videoconferência.

Outras críticas de professores a Bolsonaro já causaram problemas no país. Uma docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também é alvo de investigação por um outdoor instalado em Recife que definia o presidente como "inimigo da educação e do povo". Além disso, professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, tiveram de assinar um acordo da Corregedoria-Geral da União em que se comprometiam a não repreender o chefe do Executivo.

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