Outro lado

Lavajatistas dizem que sempre seguiram a lei e contestam a ConJur

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16 de março de 2021, 19h22

Em nota enviada à ConJur, os procuradores que integraram a finada "lava jato" reafirmaram que seus procedimentos sempre seguiram a lei e que a autenticidade das mensagens não pode ser verificada. Disseram também que esta publicação tem se pautado por "absoluta falta de compromisso com a realidade e com teses predeterminadas". "A publicação da ilação pelo site é um exercício de especulação absurdo que não se sustenta em nada."

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Integrantes da força-tarefa da "lava jato"Divulgação

A nota, porém, não esclareceu o caso do processo misterioso de número 50279064720184047000, citados em diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal.

O texto apócrifo ainda sustenta que esta revista eletrônica teria dito que a "lava jato" grampeou conversas entre advogados e clientes, e assim teria atacado a credibilidade da força-tarefa por meio de referências incompletas, inexatas e fora de contexto. A ConJur, porém, não afirmou que o consórcio executou escutas clandestinas.

Nesta segunda-feira (16/3), em outra manifestação, os procuradores insinuaram que o "GM" mencionado nas mensagens seria o ex-ministro Guido Mantega, e não o ministro Gilmar Mendes do STF. A ConJur mostrou que os lavajatistas já haviam se referido a Gilmar como "GM" em outras situações, enquanto Guido Mantega era tratado por seu nome completo.

Nos diálogos, o ex-juiz Sergio Moro informava ter acessos a conversas de "GM" e pedia que os integrantes da força-tarefa as analisassem. O material estaria no processo 50279064720184047000, que não está disponível no site do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Leia a íntegra da nota dos procuradores:

1. Reafirma-se que os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. A utilização e a interpretação de mensagens ilicitamente desviadas, cuja autenticidade não pode ser verificada, visto que são passíveis de edições e adulterações, não permite que se compreenda fatos ou mesmo o andamento de procedimentos judiciais.
2. A recentes matérias publicadas pelo site CONJUR, afirmando que a força-tarefa teria realizado escuta clandestina de advogados, são totalmente irresponsáveis, tendo sido publicadas sem sequer terem sido examinados os autos que menciona. O que se observa é um açodamento em atacar a credibilidade da operação a partir de referências incompletas, inexatas e destituídas de contexto, em absoluta falta de compromisso com a realidade, mas sim com teses predeterminadas. A publicação da ilação pelo site é um exercício de especulação absurdo que não se sustenta em nada — nem mesmo nas supostas mensagens, ainda que não se reconheça seu conteúdo.

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