Polêmica viral

MPF-GO emite nota técnica a favor de tratamento com hidroxicloroquina

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3 de março de 2021, 19h19

Kateryna Kon
Documento relativiza validade de estudos formais para defender uso da cloroquina
Kateryna Kon

O Ministério Público Federal em Goiás divulgou uma nota técnica em que defende o tratamento precoce contra a Covid-19 à base de drogas sem eficácia científica comprovada contra a doença, como hidroxicloroquina e a invermectina.

O documento é assinado pelos médicos infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves, pela biomédica Rute Alves Pereira e Costa; e pelo psicólogo Bruno Campello de Souza, e foi encaminhado para órgãos e instituições responsáveis pelo combate à epidemia que já vitimou mais de 250 mil brasileiros.

A nota técnica tem 117 páginas e seu teor sustenta que existem evidências cientificas que comprovam a eficácia dessas drogas contra a Covid-19. "Em geral, no momento de se fazer recomendações terapêuticas, há uma tendência natural a se favorecer a inclusão de estudos formalmente publicados em periódicos médicos que utilizem processo de 'revisão por pares. No entanto, tem se tornado cada vez mais comum os estudos preprints, que são manuscritos depositados em servidores web que comunicam resultados de pesquisa com acesso aberto", diz trecho do documento.

Nesta quarta-feira (3/3), uma representação assinada por mais de 3.700 pessoas foi levada ao Ministério Público Federal. O documento afirma que o Conselho Federal de Medicina é omisso ao não tomar providências contra a disseminação da falsa ideia de existência de tratamento precoce eficaz contra a Covid-19, representado pelo uso indiscriminado de remédios sem eficácia comprovada contra a doença como cloroquina, hidroxicloroquina e invermectina.

Clique aqui para ler a nota técnica do MPF-GO

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