Ciência posterior

Aras diz que não foi consultado sobre diligências contra Ricardo Salles

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19 de maio de 2021, 12h02

O procurador-geral da República Augusto Aras informou ao jornal Valor Econômico que a PGR não foi consultada sobre a investigação e os mandados de busca e apreensão contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
"A respeito de notícias veiculadas pela imprensa de que autoridade com foro no STF foi alvo de busca e apreensão, a PGR informa que não foi instada a se manifestar sobre a medida, o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório", afirma a nota enviada ao jornal.

Salles é alvo de mandados de busca e apreensão ordenados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em sua decisão, o ministro determina que seja dada imediata ciência à PGR, após o cumprimento das diligências.

A Polícia Federal quer investigar se há participação do ministro em um esquema de facilitação de exportação ilegal de madeira. Para embasar o pedido, a PF aponta supostas "movimentações suspeitas" no escritório de advocacia do qual Salles é sócio, conforme aponta Moraes na decisão ordenando o cumprimento dos mandados.

"De acordo com a representação da autoridade policial, os depoimentos, os documentos e os dados coligidos sinalizam, em tese, para a existência de grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais o qual teria o envolvimento de autoridade com prerrogativa de foro nessa Suprema Corte, no caso, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles; além de servidores públicos e de pessoas jurídicas", descreve Moraes.

Clique aqui para ler a decisão
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