Tática manjada

Bolsonaro vislumbra impugnação se não vencer a eleição, diz Marco Aurélio

Autor

29 de junho de 2021, 17h51

A 13 dias de sua aposentadoria no Supremo Tribunal Federal, o decano Marco Aurélio Mello, que completa 75 anos no próximo dia 12, disse em entrevista a Pedro Bial, exibida nesta madrugada (29/6), na Rede Globo, sobre o uso das urnas eletrônicas. Também se mostrou pessoalmente contrário "ao trauma" dos processos de impeachment contra presidentes da República.

Reprodução/TV Globo
Marco Aurélio no Conversa com Bial
Reprodução/TV Globo

Também inicialmente contrário ao uso desse tipo de votação, ainda na década de 1990, o ministro relembrou que, na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, presidiu as primeiras eleições com voto eletrônico nas capitais com mais de 100 mil eleitores, em 1996.

"De lá para cá, ao contrário do que ocorria com o sistema anterior de cédula, não tivemos nenhum caso de impugnação séria procedente. A urna eletrônica acima de tudo preserva a vontade do eleitor."

Sobre as críticas dos bolsonaristas a esse tipo de voto, afirmou que "talvez o problema maior esteja nos levantamentos quanto à intenção de votos para 2022", que tem colocado o atual presidente não muito bem colocado. "E já prepare o presidente campo, porque não somos ingênuos, para uma impugnação caso não seja vencedor na candidatura à reeleição", completou.

Mas o ministro disse não ver clima institucional para um golpe de estado no próximo ano caso os resultados das eleições sejam contrário à vontade do ao atual grupo que está no poder.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!