Cloroquina eleitoral

Bia Kicis e Hélio Negão foram eleitos via urna eletrônica, diz Gilmar

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12 de julho de 2021, 17h24

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, rebateu as suspeitas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Em entrevista à rádio CBN, o ministro comparou as ilações a lendas urbanas como a crença de que o homem não pisou na lua.

Felipe Sampaio/STF
Ministro também lembrou que o papel das Forças Armadas não é ameaçar  o Congresso
Felipe Sampaio/STF

Os senhores já tinham ouvindo falar de Hélio Negão? De Bia Kicis? Nenhum de nós tinha ouvindo falar deles. Eles vieram nesse arrastão provocado pelo presidente, o que prova que a urna é fiel aos votos que lá foram depositados", afirmou.

O ministro também comentou a recente crise institucional provocada por nota virulenta dos comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica em resposta a afirmação do presidente da CPI da Covid, Omar Azis (PSD-AM). O senador afirmou que "os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia".

Gilmar afirmou que não enxerga nenhum risco à democracia em razão da crise, mas sustentou que "não é função das Forças Armadas fazer ameaças à CPI ou ao Parlamento".

O ministro também lembrou do papel desempenhado pelo Supremo no auxílio no combate ao avanço da Covid-19 no país. "O Tribunal tem poupado o governo de erros mais crassos", disse.

Por fim, Gilmar desejou sorte ao ministro Marco Aurélio — que se aposentou após 31 anos de STF — e lembrou que o importante para o profissional que irá ocupar a vaga do antigo decano é ser um terrível defensor da Constituição.

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