Bia Kicis e Hélio Negão foram eleitos via urna eletrônica, diz Gilmar
12 de julho de 2021, 17h24
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, rebateu as suspeitas levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Em entrevista à rádio CBN, o ministro comparou as ilações a lendas urbanas como a crença de que o homem não pisou na lua.
“Os senhores já tinham ouvindo falar de Hélio Negão? De Bia Kicis? Nenhum de nós tinha ouvindo falar deles. Eles vieram nesse arrastão provocado pelo presidente, o que prova que a urna é fiel aos votos que lá foram depositados", afirmou.
O ministro também comentou a recente crise institucional provocada por nota virulenta dos comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica em resposta a afirmação do presidente da CPI da Covid, Omar Azis (PSD-AM). O senador afirmou que "os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia".
Gilmar afirmou que não enxerga nenhum risco à democracia em razão da crise, mas sustentou que "não é função das Forças Armadas fazer ameaças à CPI ou ao Parlamento".
O ministro também lembrou do papel desempenhado pelo Supremo no auxílio no combate ao avanço da Covid-19 no país. "O Tribunal tem poupado o governo de erros mais crassos", disse.
Por fim, Gilmar desejou sorte ao ministro Marco Aurélio — que se aposentou após 31 anos de STF — e lembrou que o importante para o profissional que irá ocupar a vaga do antigo decano é ser um terrível defensor da Constituição.
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