Contra o tempo

Deputado vai ao STF para exigir que Câmara analise sanção do PSL antes da eleição

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30 de janeiro de 2021, 12h43

O deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO) acionou o Supremo Tribunal Federal para exigir que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, analise uma série de requerimentos sobre os efeitos de penalidade aplicada administrativamente pela cúpula do partido.

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Vitor Hugo comunicou adesão ao bloco de apoio a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara
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Vitor Hugo foi um dos 17 deputados federais suspensos do PSL por infidelidade partidária. Maia manteve os mandatos deles e a possibilidade de ocuparem vaga no Conselho de Ética. 

Diante das eleições para as presidências do Congresso nesta segunda-feira (1º/2), surgiram duas controvérsias, que foram alvo de consulta do deputado à Procuradoria da Câmara. Vitor Hugo procurou saber sobre o registro de candidatura avulsa ao cargo destinado ao seu partido, o que influencia diretamente na representação proporcional do PSL; e questionou se parlamentares suspensos podem subscrever a lista de adesão do partido a bloco parlamentar para composição de chapa eleitoral que disputará a eleição para a Mesa Diretora.

"A depender da resposta a ser dada, permitindo-se ou não a assinatura dos suspensos nas listas de adesão, o PSL — que conta com a maior bancada da Câmara dos Deputados — integrará um ou outro bloco parlamentar nas eleições para a Mesa Diretora. E, por outro lado, permitirá (ou não) a candidatura dos parlamentares apenas de participarem do pleito na condição de candidatos", sustenta.

O deputado afirma que "sucessivos alertas" sobre a violação ao devido processo legal e ao direito de petição foram ignorados por Maia. O direito de votar e de ser votado, disse, é atividade política com "projeção mais salutar do exercício do mandato parlamentar, sem qualquer vinculação, portanto, com questões partidárias".

Ele reclama que, se analisada depois das eleições, a discussão perderá objeto. As eleições para as presidências e as mesas diretoras do Congresso estão marcadas para a próxima segunda-feira (1º/2). Na prática, caso o pedido do parlamentar seja acolhido, a casa teria apenas esse fim de semana para tratar da matéria.

O pedido foi protocolado na noite desta sexta-feira (29/1), e distribuído ao ministro Kassio Nunes Marques. O parlamentar é representado pelas advogadas Ezikelly Barros, Georgia Nunes, Maria Claudia Bucchianeri e Margarete Coelho, numa atuação conjunta de seus respectivos escritórios.

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MS 37.665

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