A força da tarefa

Ao menos 150 investigações lavajatistas foram arquivadas por falta de provas

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17 de fevereiro de 2021, 17h52

Mesmo com as grandes ações e prisões promovidas pela autoapelidada operação "lava jato", as ações dos tarefeiros fracassaram em pelo menos 150 tentativas, dentre investigações, denúncias e ações penais arquivadas por ausência de provas.

TV Globo / Reprodução
Newton Ishii, que ficou famoso como o Japonês da Federal
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Um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico mostra que o consórcio teve quase tantas derrotas quanto vitórias no Supremo Tribunal Federal desde que a investigação de corrupção na Petrobras foi deflagrada em 2014. Foram 29 denúncias oferecidas e 20 analisadas pela 2ª Turma, das quais 11 foram aceitas e oito, recusadas.

Seis ações penais da força-tarefa foram julgadas no Supremo, que resultaram em quatro condenações e duas absolvições. Atualmente tramitam outras sete denúncias, das quais três esperam deliberação, uma foi suspensa por pedido de vista e as demais aguardam notificação dos investigados.

Apesar disso, a "lava jato" teve bons resultados nas instâncias inferiores. Foram 179 ações penais com 174 condenações, 209 acordos de delação, 17 acordos de leniência e 80 ações policiais.

O ex-juiz Sergio Moro julgou 291 réus, dos quais 228 foram condenados e 63, absolvidos. O Ministério Público Federal recorreu em 44 de 45 decisões de Moro para elevar as penas.

A força-tarefa também promoveu 1.450 buscas e apreensões, 163 prisões temporárias, 132 prisões preventivas e 211 conduções coercitivas — medida, proibida desde 2018, que autorizava a polícia a levar um suspeito para depor.

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