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Diretores da Anvisa pedem apuração de ameaças e proteção policial

20 de dezembro de 2021, 9h39

Por Redação ConJur

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Em ofício divulgado neste domingo (19/12), diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que as ameaças feitas na internet a servidores da agência sejam apuradas criminalmente.

Agência Brasil
Agência Brasil

Na última sexta-feira (17/12), o órgão aprovou a indicação da vacina contra Covid-19 da Pfizer para crianças de cinco a 11 anos. Depois disso, o presidente da República, Jair Bolsonaro, comunicou à imprensa que pediu extraoficialmente os nomes dos servidores que participaram do processo de aprovação da vacina. 

"No entanto, na data de ontem, 18 de dezembro de 2021, sábado, os Diretores e os servidores da Anvisa que participaram do aludido Comunicado Público do dia 17 último foram surpreendidos com publicações nas mídias sociais na 'internet' de ameaças, intimidações e ofensas por conta da referida decisão técnica da Agência (…). Esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos Diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias e geraram evidente apreensão de que atos de violência possam ocorrer a qualquer momento", diz o ofício.

No documento, os diretores também pedem proteção policial aos servidores envolvidos e suas famílias. O texto é assinado por Antonio Barra Torres, diretor-presidente da agência, e pelos diretores Meiruze Sousa Freitas, Cristiane Rose Jourdan Gomes, Romison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos.

"A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade. Conclamo que as autoridades policiais investiguem e garantam a segurança das famílias", escreveu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,  em sua conta no Twitter.