PAD no CNMP

Advogado do promotor Daniel Zappia contesta reportagem da ConJur

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20 de agosto de 2021, 16h11

O advogado do promotor Daniel Zappia, José Fábio Marques Dias Jr., contestou nesta sexta-feira (20/8) notícia publicada na ConJur, quando se afirma que ele teria negado a autoria de ações contra a família do ministro Gilmar Mendes. Veja ao final do texto a carta.

MPE-MT
O promotor Daniel Zappia
MPE/MT

O objetivo das ações de Zappia, no auge da autoapelidada "operação lava jato", era o de produzir notícias que enfraquecessem politicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal, que se opunha aos métodos de Curitiba. Não eram, visivelmente, iniciativas que visassem condenações. Tanto é que nenhuma prosperou. Em contrapartida, geraram milhares de notícias e milhões de reproduções nas redes. A exemplo do que ocorria em Curitiba, a promotoria de Mato Grosso atuava mais como agência de notícias e de propaganda.

Em uma das notícias distribuídas por essa agência, a RDNews publicou que, "nas alegações finais, a defesa do promotor encaminhou ao CNMP um relatório que mostra que das seis ações civis públicas ajuizadas pelo MPE contra Gilmar e seus familiares, Zappia é responsável por apenas uma". "As demais investigações foram instauradas pelas promotoras Alessandra Gonçalves da Silva Godoi e Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert, que também atuaram em Diamantino. Assim, não haveria qualquer tipo de abuso processual por parte de Zappia."

O advogado contesta também que o deslocamento de Zappia para outra promotoria tenha sido manobra para tentar a perda de objeto do procedimento no CNMP.

Leia a carta do advogado José Fábio Marques Dias Jr.

"Se o respeitável site tivesse consultado os autos do PAD, ou mesmo a defesa do promotor de justiça, constataria que ele sempre confirmou a autoria e a assinatura de todas as demandas em sede ambiental, concluindo o trabalho iniciado pelas colegas que o antecederam na 2ª Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Diamantino (MT). Também assinou as portarias do Procedimento Preparatório e do Inquérito Civil em que investigava a participação do ministro e de outras pessoas na compra das instalações da Uned pela Unemat. (…)

Por fim, esclarece que a remoção do promotor de Justiça do interior para a capital Cuiabá, isto é, da 2ª Promotoria de Justiça Cível de Diamantino para assumir as atribuições na 24ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá, se deu por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público e por merecimento.
Era o que tinha a esclarecer."

José Fábio Marques Dias Jr.
advogado

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