MP-MG não se convence com provas e homem acusado de matar esposa é absolvido

O Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte absolveu, nesta terça-feira (3/8), um homem acusado de mandar matar a esposa em 2017. A juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira determinou a expedição do alvará de soltura.

Segundo o promotor Cristian Lúcio da Silva, as investigações indicaram que o crime teria sido cometido por alguém que queria a morte da vítima. Porém, ele não se convenceu de que existem provas que apontem o acusado como o mandante do assassinato. Assim, ele pediu que os jurados, ao responder se o crime fora encomendado pelo homem, votassem "não".

O réu negou que tivesse mandado matar a esposa, detalhou os acontecimentos no dia do crime e contou que socorreu a vítima junto aos vizinhos, já que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estava demorando. Segundo ele, a morte da esposa rebaixou o padrão de vida da família, já que o salário dela era a principal fonte de renda. Ele ainda afirmou que não sabia de todos os seguros de vida que a mulher havia contratado.

A defesa, feita pelos advogados Leon Bambirra Obregon Gonçalves e Dorcas Marques Almeida, reforçou a tese e sugeriu que a polícia teria se baseado em elementos equivocados para conduzir as investigações.

O filho mais velho do casal foi uma das sete testemunhas ouvidas em plenário. Ele contou que a rotina em casa era tranquila e sem conflitos e disse acreditar na inocência do pai.

O suposto executor do assassinato também foi pronunciado, mas ainda não foi julgado. Como ele recorreu da sentença de pronúncia, seu processo foi desmembrado. Com informações da assessoria de imprensa do TJ-MG.