Delação encenada

Eduardo Cunha antecipa a morte de Teori Zavascki em 1 ano

Autor

16 de abril de 2021, 16h51

O deputado cassado Eduardo Cunha lança neste sábado (17/4) um livro em que, naturalmente, tenta complicar a vida de quem não contribuiu com ele desde que foi preso, em 2016, e elogiar quem ainda pode ajudá-lo. Cunha vem usando o trunfo do livro há dois anos para obter vantagens. E ele já anuncia um novo livro.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Livro de Cunha sobre o impeachment de Dilma será lançado neste sábado (17/4)
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A obra traz histórias que a polícia e o Ministério Público recusaram a aceitar, em delações tentadas, pela inconsistência e falta de elementos de corroboração. Uma passagem, reproduzida pela revista Veja, antecipa a morte do ministro Teori Zavascki em um ano.

Cunha diz que, dada uma suposta relação de Joesley Batista com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, eles combinariam de o relator julgar o caso do deputado em agosto de 2016. Acontece que Fachin só receberia os processos de Teori Zavascki em 2017. Em 2016, o relator da matéria ainda era Teori, que foi quem deu cartão vermelho a Cunha.

Eduardo Cunha, como se sabe, montou um bloco próprio na Câmara ajudando a financiar a campanha de algumas dezenas de deputados. O dinheiro, naturalmente, foi obtido de empresas que tinham de pagar para não serem fuziladas nas CPIs que Cunha engendrava. Mas essas histórias não entram no livro.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!