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CNJ revoga decisão que suspendeu prazos processuais do TRT-2 e TRT-15

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15 de abril de 2021, 16h49

O conselheiro Rubens Canuto, do Conselho Nacional de Justiça, revogou nesta quinta-feira (15/4) sua própria decisão que havia suspendido os prazos processuais do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª e da 15ª Região, ambos em São Paulo. 

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Com a decisão, prazos processuais devem voltar a fluir
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Na segunda-feira (12/4), Canuto acolheu um pedido feito pelo advogado Rodolfo Silvio de Almeida, e suspendeu os prazos tanto dos processos físicos quanto dos eletrônicos.

O argumento usado na solicitação foi o de que São Paulo se encontra em fase vermelha e que o decreto estadual que dispõe sobre as medidas restritivas do período proíbe a abertura de escritórios e de órgãos da administração pública. 

A suspensão dos prazos, conforme a decisão agora revogada, deveria valer entre esta quinta-feira e o domingo (18/4). Ontem, os TRTs de São Paulo chegaram a divulgar informes dando conta da decisão judicial. 

Ocorre que o requerente protocolou um pedido de desistência depois de proferida a decisão do dia 12. Por isso, o conselheiro do CNJ homologou a solicitação e revogou a sua decisão anterior. 

"Considerando que o ato produziu efeitos, já que o TRT-2 suspendeu os prazos processuais a partir de hoje (15/4/2021), e para que não haja prejuízo aos jurisdicionados, recomendo aos Tribunais requeridos que avaliem eventual necessidade, entre outras medidas, de prorrogação dos prazos que se encerrariam no curto período em que a decisão ora revogada produziu efeitos", pontua Canuto na decisão de hoje. 

Vai e vem
Almeida solicitou a desistência assistido pela Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP). Segundo informou à ConJur o presidente da entidade, Horácio Conde, a AATSP entrou em contato com o autor do pedido de providências ao constatar que ele era um de seus associados. 

"Diante disto, da gravidade da situação e dos prejuízos irreparáveis que tal decisão poderá trazer aos jurisdicionados e aos advogados e advogadas trabalhistas do estado de São Paulo, a Associação fez contato com o autor de tal PP, que é nosso associado, para assisti-lo e municiá-lo com informações que, enfim, levaram-no a requerer a desistência de seu pleito proeminal", disse a AATSP em nota.  

Em 23 de março, o TRT-2 já tinha suspendido os prazos processuais por prazo indefinido. Na ocasião, a OAB-SP encaminhou um ofício comunicando ao presidente da corte, desembargador Luiz Antonio Moreira Vidigal, que a medida poderia gerar grandes prejuízos à advocacia e aos jurisdicionados.

Após o pedido da OAB, os prazos acabaram voltando a fluir em 6 de abril. Segundo a seccional paulista, como a medida original do tribunal manteve as audiências virtuais, também seria possível o cumprimento de qualquer outro ato processual.

Clique aqui para ler a decisão
Processo 0001703-58.2021.2.00.0000

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