Vagas Exclusivas

Faculdade de Direito da USP amplia ações afirmativas de mestrado e doutorado

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7 de abril de 2021, 17h55

A Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) ampliou as ações afirmativas de seus cursos de mestrado e doutorado para garantir ingresso e permanência de discentes em condições de vulnerabilidade. A partir deste ano, serão oferecidas vagas exclusivas aos grupos PPI (pretos, pardos, indígenas) e PCD (pessoas com deficiência), acrescidas às limitadas para cada docente da instituição. Caso não preenchidas, essas vagas deverão ser extintas.

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A Comissão de Pós-Graduação ampliou as ações afirmativas de PPI e PCD
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A iniciativa ratifica discussões ocorridas anteriormente, como no congresso "Debatendo ações afirmativas na pós-graduação", promovido pela FDUSP em 2020, que contou com a participação de especialistas de academias de várias partes do país para debater o tema. "A intenção é promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação", assinala Fernando Facury Scaff, presidente da Comissão. 

Além da expansão das vagas, serão adotadas medidas de adequação para a aplicação das provas para o grupo de pessoas com deficiência visuais, auditivas, gestantes e lactantes.

Segunda língua
Outra barreira enfrentada pelos alunos em situação vulnerável é o segundo idioma, exigido nas provas de mestrado e doutorado. Com as novas ações, os candidatos que forem aprovados nas demais provas do processo seletivo, mas não tiverem aprovação no teste de idioma estrangeiro, terão uma segunda oportunidade — nova prova, aplicada até três ou seis meses após a divulgação de sua aprovação nas demais provas.

De acordo com a vice-presidente da Comissão, Ana Elisa Bechara, além da possibilidade desse segundo exame, a Comissão de Pós-Graduação da FDUSP irá buscar parcerias para oferecer aos grupos vulneráveis um curso de idioma estrangeiro. "É uma forma de ajudarmos esse candidato mais vulnerável a prosseguir nos estudos. E que o idioma estrangeiro não seja fator impeditivo para fazer uma pós-graduação", afirma. 

Para identificar os grupos vulneráveis e estabelecer novas ações afirmativas ou calibrar as propostas, serão feitos levantamentos de dados. Com informações da assessoria de imprensa da FDUSP. 

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