Sem saber o motivo

Secretário de Educação do RJ diz que não foi ouvido nem teve acesso ao processo

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11 de setembro de 2020, 12h52

Preso na manhã desta sexta-feira (11/9), o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, disse que não teve acesso ao processo nem foi ouvido pelas autoridades. E mais: afirmou não saber pelo que estava sendo investigado.

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Por estar com Covid-19, Pedro Fernandes teve direito a prisão domiciliar
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"Pedro Fernandes ficou indignado com a ordem de prisão. Seu advogado Márcio Engelberg Moraesele vinha pedindo acesso ao processo desde o final de julho, mas não conseguiu. A defesa colocou Pedro à disposição das autoridades para esclarecimentos na oportunidade. No entanto, Pedro nunca foi ouvido e soube pela imprensa que estava sendo investigado por algo que ainda não tem certeza do que é. Pedro confia que tudo será esclarecido o mais rápido possível e a inocência dele provada", disse sua assessoria de imprensa, em nota.

Suspeita de desvios
Pedro Fernandes foi preso em operação que investiga a suspeita de desvios em contratos de assistência social no governo fluminense e também na Prefeitura do Rio. Segundo a acusação do MP-RJ, Fernandes foi preso por causa de sua atuação no comando da Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. Ele passou a ocupar a pasta da Educação quando Wilson Witzel assumiu a direção do estado.

Por ter apresentado um exame positivo para Covid-19, o secretário teve a prisão preventiva convertida em domiciliar.

A polícia tinha ainda um mandado de prisão contra a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha do também ex-deputado Roberto Jefferson, por causa da acusação de irregularidades praticadas entre maio de 2013 e maio de 2017, quando ocupou secretarias municipais nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella. Ela, porém, não foi encontrada em sua casa.

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