Defesa de Moro pede redistribuição de inquérito sobre interferência na PF
13 de outubro de 2020, 20h15
A defesa do ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) pediu a redistribuição da relatoria do inquérito 4.831, que investiga as acusações do ex-juiz da "lava jato" de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da Polícia Federal.
No pedido, os advogados de Moro apontam que, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, o caso ficará sem relator até que o novo ministro seja nomeado.
"Neste sentido, o Regimento Interno desta Suprema Corte, em seus artigos 38, inciso III e 68, §1º, autoriza, pelo presidente do tribunal, a redistribuição de feitos em casos excepcionais, como, a nosso ver, este se revela", diz trecho do documento que pede imediata redistribuição do inquérito.
Na última quinta-feira (8/10), em sua última sessão no STF, o decano Celso de Mello votou para negar o pedido de Bolsonaro e determinar que o seu depoimento sobre as supostas interferências na PF fosse presencial.
Em seu entendimento, o chefe de Estado não detém dentre suas prerrogativas e opção de prestar depoimento por escrito quando estiver sob investigação criminal.
O ex-ministro é representado pelo escritório Sánchez Rios.
INQ 4.831
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