Há 40 anos

Candidato a deputado estadual nos EUA ganha a eleição mas não leva

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26 de novembro de 2020, 20h52

O Tribunal Superior de Arkansas, nos Estados Unidos, "invalidou" nesta terça-feira (24/11) — 21 dias após as eleições de 3 de novembro – a vitória do candidato democrata Jimmie Wilson na eleição para deputado estadual. A razão? Uma antiga ficha suja. Wilson foi condenado por contravenções penais que cometeu há quase 40 anos.

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A Suprema Corte de Arkansas
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Em 1981 e 1982, Wilson vendeu safras de soja que já estavam penhoradas. E usou dinheiro do Departamento de Agricultura em benefício próprio. Em 2001, ele foi perdoado pelo então presidente Bill Clinton. Mas o tribunal superior decidiu que, apesar do perdão presidencial, ele continuava desqualificado para exercer cargos eletivos.

Na verdade, o tribunal superior confirmou decisão semelhante, tomada em primeira instância em 26 de outubro (oito dias antes das eleições). O juiz Mackie Pierce decidiu que o perdão presidencial pode ter restaurado os direitos civis de Wilson, mas não apagou o fato de que sua condenação o mantém inelegível, de acordo com a Constituição de Arkansas.

O juiz concluiu que a eleição poderia prosseguir e os votos deveriam ser contados. Mas os resultados não seriam certificados pelo estado até que o tribunal superior decidisse o caso.

O presidente do Partido Republicano em Arkansas, Doyle Webb, disse aos jornais Arkansas Democrat Gazette e Arkansas Times que, declarada a inelegibilidade de Wilson, o candidato republicano David Tollett venceu a eleição, porque não teve opositores.

O presidente do Partido Democrata em Arkansas, Michael Gray, disse aos jornais que, por meio de uma carta, alertou os delegados da convenção de nomeação do partido sobre as condenações de Wilson no passado. Mesmo assim, os delegados o nomearam candidato do partido, em detrimento de dois outros candidatos, por 5 votos a 3.

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