Efeitos da pandemia

Texas suspende execução de pena de morte por causa do coronavírus

Autor

19 de março de 2020, 14h22

John William Hummel ganhou pelo menos mais 60 dias de vida, graças ao coronavírus. A execução de sua pena de morte estava marcada — e preparada — para esta quarta-feira (18/3). Mas um tribunal de recursos criminais do Texas, que havia rejeitado, em uma última audiência, todas as tentativas da defesa para preservar a vida de Hummel, concordou com uma advertência final do advogado: será muito perigoso reunir todo mundo em uma sala para a execução, por causa da pandemia do coronavírus.

O tribunal ordenou a suspensão da execução por 60 dias, porque, na verdade, ela iria reunir muitas pessoas, entre executores e testemunhas, no local. Além da equipe na pequena “câmara da morte” da penitenciária estadual em Huntsville, estariam presentes em uma sala adjacente autoridades correcionais, advogados, médicos, familiares e amigos do prisioneiro e de suas vítimas.

As vítimas foram membros da própria família de Hummel, que foram assassinados por ele, segundo a sentença condenatória proferida em 2011. Ele foi condenado por matar sua mulher a facadas, seu sogro e sua filha com um taco de beisebol. Tudo porque queria ficar livre para se relacionar com uma mulher que ele conheceu em um armazém, segundo o Jornal da ABA (American Bar Association) e a CBS.

O Departamento de Justiça Criminal do Texas havia feito todos os preparativos para a execução. Isso incluía uma triagem de todas as pessoas que fossem à penitenciária para participar da execução ou testemunhá-la. O teste de coronavírus, em si, não estava previsto, porque os kits estão em falta no país. As pessoas seriam interrogadas sobre sua saúde, suas viagens e possível exposição ao vírus.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!