Escolher um lugar para viver envolve o desafio de enfrentar tempestades e calmarias. Em tempos de pandemia, o desafio de um povo é revelar sua identidade. E, neste momento, unir-se em torno de um mesmo objetivo foi o único caminho que o povo português elegeu.
O acerto dos representantes políticos inicia com a voz serena e de liderança do presidente da República e prossegue com seus liderados, que, coesos e com respeito aos princípios basilares da democracia, lideram suas equipes para combaterem o inimigo único. Diferenças de posicionamento são tratadas dentro dos muros. Abertas as portas, são uma só voz.
A oposição política — imprescindível em qualquer ambiente democrático — também percorre o mesmo caminho: divergir sem dividir.
Na comunidade europeia — ambiente naturalmente exposto a diferenças culturais —, as lideranças portuguesas promovem a unidade que internamente os inspira.
A imprensa informa. O leitor interpreta. Levar a notícia — apurada com profundidade e responsabilidade — proporciona segurança ao povo, que sabe o que deve e o que não deve fazer para superar a tempestade.
A Justiça — aos olhos daqueles que a associam ao litígio — tem aqui um papel secundário, mas não menos importante. A judicialização — permitida a tudo e a todos em outros países, notadamente no Brasil — tem pouco espaço na cultura jurídica portuguesa.
Portugal acolheu todos os que já se encontravam em seu território e a eles disponibilizou os serviços de saúde tão necessários para atravessar a tempestade. Certamente dará seu contributo àqueles que mais precisam de emprego e renda.
A nau portuguesa está a navegar, tal como em outros tempos, procurando resgatar seu porto seguro, a calmaria e o brilho do sol que inspiram a alma desta nação.