Crítica religiosa

Papa Francisco critica uso do Direito como instrumento de perseguição política

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4 de maio de 2020, 15h16

O uso do processo penal como instrumento para subjugar inimigos políticos, e não fazer Justiça, foi tema de um pronunciamento contundente do papa Francisco. A fala foi divulgada pela Rede Mundial de Oração do Papa.

L'Osservatore Romano
Papa Francisco criticou uso do Direito para perseguição política em vídeo
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Além de condenar o lawfare, o papa Francisco também disse que a disseminação de calúnias e notícias falsas para inflamar os povos tem características de um verdadeiro linchamento. Após a divulgação do vídeo, a presidente do PT, Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que o ex-presidente Lula é conhecido atualmente no mundo como uma vítima dessas práticas do Poder Judiciário.

No momento em que o mundo se depara com as injustiças cometidas contra o presidente Lula, o papa Francisco nos lembra como devem atuar os juízes: com imparcialidade e jamais negociando a verdade”, postou Gleisi.

Francisco não citou nominalmente o ex-presidente Lula ou os tarefeiros da 13ª Vara Federal de Curitiba, mas o conteúdo de sua fala tem sido interpretado por ativistas políticos como uma crítica ao modelo de atuação personificado pela "lava jato".

O papa afirmou que, atualmente, quando se quer dar um golpe de Estado ou se excluir algum político de uma determinada eleição, o caminho seguido é bombardeá-lo com calúnias e notícias falsas e depois encaminhar um processo para um juiz “daqueles que gostam de criar Justiça”.

O papa também pregou que "os juízes devem seguir o exemplo de Jesus, que nunca negocia a verdade".

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