Direito na quarentena

Pesquisa aponta cautela dos escritórios no planejamento do retorno ao 'normal'

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20 de junho de 2020, 11h16

Um levantamento realizado com escritórios de advocacia de todo o país mostrou que mais da metade das firmas vai esperar para retomar a rotina pré-pandemia. A pesquisa confirma a tendência dos profissionais do Direito de "ignorar" as determinações das autoridades e só voltar às atividades presenciais quando o cenário da Covid-19 no Brasil estiver menos assustador.

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Segundo o trabalho realizado pela LETS Marketing, empresa de consultoria especializada no mercado jurídico, 35% das bancas consultadas pretendem esperar pelo menos até o fim do primeiro semestre para reativar o escritório, 10% vão aguardar até o fim do ano, 1%, até 2021 e 6% não planejam voltar completamente ao trabalho presencial — uma prova de que o sistema de home office tem agradado bastante.

Portanto, 52% dos escritórios que participaram da pesquisa não estão baseando seus planos nas decisões dos governos federal, estaduais e municipais.

"Há muito questionamento acerca da veracidade dos dados (de saúde). Considerando que nossa prioridade é preservar nossa equipe, aguardamos um cenário de maior segurança", afirmou Adriana Dantas, profissional especializada em compliance e sócia do escritório Adriana Dantas Advogados.

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Ainda de acordo com a pesquisa, as áreas trabalhista, de tecnologia e civil foram as que tiveram maior aumento de demanda durante a pandemia. Por outro lado, as áreas de aviação, imobiliária e portuária foram aquelas em que o volume de trabalho caiu mais durante este período excepcional.

O levantamento feito pela LETS Marketing ouviu 75 escritórios de advocacia de várias partes do país, que representam 3.453 profissionais. Dessas firmas, 28% são full-service (atuam em todas as áreas do Direito), 25% são abrangentes (atuam em mais de três áreas) e 47% são especializadas (dedicam-se a uma área específica).

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