Opinião

Marketing digital não é marketing jurídico

Autores

  • Mariellen Romero

    é sócia da agência de marketing digital táLIGADO Comunicação Conectada professora e consultora de makerting jurídico.

  • Raphael Maia

    é sócio da agência de marketing digital táLIGADO Comunicação Conectada e responsável pela gestão de projetos de marketing jurídico.

19 de janeiro de 2020, 7h02

Não se discute mais a importância da velocidade com que ocorre o acelerado advento de novas ideias e iniciativas, buscando expor de forma mais eficaz produtos e serviços e conquistando crescentemente o interesse de consumidores e clientes. Estamos vivendo tempos de novidades que invadem o mercado praticamente todos os dias.

Neste panorama se insere o marketing jurídico, que, alinhado às condutas de ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, tem encontrado, já há algum tempo, formas eficazes de divulgar os escritórios de advocacia e suas especialidades, ampliar o reconhecimento de seus profissionais no mercado e atrair clientes.

Ainda assim, observa-se que as estratégias que envolvem o marketing jurídico não estão suficientemente claras e compreendidas pela área da advocacia. Para alguns profissionais ainda prevalece a ideia de que o marketing jurídico está limitado a ações direcionadas ao marketing digital, como investir em redes sociais, manter uma rotina de postagens, ganhar seguidores e curtidas. Por óbvio, trata-se de ledo engano. Poder-se-ia assim dizer, que há um quase desconhecimento sobre esta área estratégica para os escritórios de advocacia.

Quando falamos de marketing jurídico, não estamos nos referindo somente às ações em redes sociais, mas sim de uma gama de ações possíveis e coordenadas dentro de uma estrutura planejada, com objetivos claros para alcançar resultados mensuráveis. O marketing digital é, por assim dizer, somente uma entre tantas outras possibilidades de atuação de um escritório para a divulgação de sua expertise e de seus profissionais.

As ferramentas digitais, de modo inequívoco, são importantes para os escritórios, mas precisam ser complementadas com outras ações além do cenário online. O marketing jurídico tem como base a produção e disponibilidade de conteúdos informativos, destacando a especialização da área de atuação do escritório. Estes conteúdos devem ser ofertados não apenas nos canais de mídias sociais, blogs e sites, através de textos e vídeos, mas também em materiais mais ricos e densos, como e-books, infográficos e apresentações.

Trata-se de uma atuação conectando todas as áreas do escritório, para que ele possa apresentar aos seus clientes os seus conhecimentos sobre os assuntos que domina, assim como se tornar referência no mercado.

O público dos escritórios, bem se sabe, está cada vez mais informado e exigente e a advocacia, não se pode esquecer, é uma profissão de contatos pessoais entre o profissional e o cliente. Assim, a abordagem do advogado deve ser precisa, assegurando resultados técnicos, bem como uma experiência positiva do cliente com o escritório.

As estratégias do marketing jurídico visam, portanto, apresentar de todas as formas as informações que irão gerar confiança nos resultados que o cliente busca: unifica as ações interna e externa, digitais ou presenciais, e constrói soluções que vão de encontro aos objetivos, à área de atuação e ao perfil do escritório no mercado.

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