Ação Truculenta

Sindicato dos Jornalistas de SP repudia prisão de fotógrafo em manifestação

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8 de janeiro de 2020, 21h52

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram nesta quarta-feira (8/1) uma nota conjunta repudiando a prisão do repórter-fotográfico Rodrigo Zaim durante manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus e trens. O ato ocorreu nesta terça-feira (7/1)

Rodrigo Zaim
Fotógrafo foi detido durante manifestações contra aumento na tarifa dos transportes
Rodrigo Zaim

De acordo com o texto, a prisão do fotógrafo, que cobria o protesto e se identificou como jornalista, “é um ato que atenta contra a liberdade de imprensa e a democracia”. 

“Infelizmente, o que vemos mais uma vez é a truculência da Polícia Militar no trato dos movimentos sociais e com a imprensa. Nossas entidades lutam permanentemente para coibir a violência e garantir o exercício profissional”, afirmou o presidente do SJSP e vice presidente da Fenaj, Paulo Zocchi. 

O sindicato também informou que entrou em contato com o fotógrafo para manifestar seu apoio, colocando-se à disposição para qualquer demanda que o jornalista possa ter em virtude da abordagem realizada pelos agentes do Estado. 

Ação truculenta
De acordo com Zaim, por conta da chuva, os manifestantes se abrigaram no metrô Trianon-Masp. Com o acúmulo de pessoas, a polícia entrou na estação, avançando em direção à catraca para impedir que as pessoas chegassem à plataforma. 

"A todo o momento os policiais entravam em formação com os escudos e ameaçavam avançar, até que teve um momento em que um segurança do metrô agrediu a Andreza Delgado [Militante do Movimento Passe Livre], e aí começou a confusão de um lado da estação", afirmou o fotógrafo à ConJur

Ainda de acordo com Zaim, que foi solto nesta quarta-feira (8/1), os policiais "enquadraram todos os que estavam do lado oposto da estação, sendo que não dava mais para se retirar, porque as saídas estavam fechadas". 

Ao todo, 33 pessoas foram detidas, colocadas em um ônibus e encaminhadas para o 78º DP (Jardins). De acordo com testemunhas ouvidas pela Ponte Jornalismo, as abordagens foram feitas de forma aleatória. 

O protesto, puxado pelo Movimento Passe Livre (MPL), foi uma resposta ao aumento de R$ 0,10 no valor da tarifa do transporte público.

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