Morte do hospedeiro

União de auditores federais faz representação contra Guedes na PGR

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19 de fevereiro de 2020, 19h19

A União de Auditores Federais apresentou notícia-crime contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, na Procuradoria Geral da República.

Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Ministro da Economia comparou servidores públicos a 'parasitas' do Estado em evento
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No texto, a entidade de classe aponta que é fato público e notório que Guedes fez uma declaração atentatória ao funcionalismo nacional, dentre eles os servidores do TCU.

Durante Seminário promovido pela Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, Guedes comparou servidores públicos a parasitas.

“O governo está quebrado. Gasta 90% da receita toda com salário e é obrigado a dar aumento de salário. O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo, o hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo, e ele quer aumento automático. Não dá mais. A população não quer isso, 88% da população brasileira são a favor inclusive de demissão de funcionalismo público, de reforma, de tudo para valer. Nos Estados Unidos o cara fica quatro, cinco anos sem dar um reajuste. De repente, quando ele dá um reajuste todo mundo: ‘Oh, muito obrigado, prazer’. Aqui o cara é obrigado a dar, porque o dinheiro está carimbado, e ainda leva xingamento, ovo, não pode andar de avião”, disse na ocasião.

O texto afirma que Guedes desrespeitou milhões de servidores públicos, que prestam serviço de extrema importância e relevância para a sociedade e que a conduta do ministro poderia ser enquadrada nos artigos 139 — difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação — e 140 — injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro — do Código Penal.

Clique aqui para ler a representação

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