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Pessoas não são santas porque viram juiz ou procurador, diz Lula

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11 de fevereiro de 2020, 13h20

Ricardo Stuckert
Ricardo StuckertO ex-presidente Lula, que concedeu entrevista exclusiva à ConJur no fim de janeiro

"As pessoas não são santas porque usam uma toga, porque viram procurador. Os desvios de comportamento estão em qualquer segmento da sociedade. E o mais grave é quando você começa a se dar conta de que muitas vezes a justiça não é feita porque um determinado segmento tem um pensamento político adverso", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista exclusiva à TV ConJur.

"Participei da posse de três procuradores-gerais da República indicados por mim. Em todos os discursos eu fazia questão de dizer que era importante que os procuradores levassem em conta que, pela importância da instituição, teriam que ter uma seriedade muito grande. A gente não pode ficar condenando as pessoas pela imprensa e ninguém deveria acusar ninguém antes de ter prova", completou o petista, ao criticar duramente vazamentos de investigação.

"E dizia isso aos policiais federais. No caso do Protógenes [Queiroz, delegado exonerado da Polícia Federal], que estava investigando o Daniel Dantas, uma das razões pelas quais ele foi afastado foi porque ele vazava quase tudo antes da hora. Tinha jornalista que falava com ele e depois vinha falar comigo. Até que eu chamei o [ministro da Justiça] Tarso Genro e disse: “Minha filosofia é que o policial não pode ser impedido de fazer nenhuma investigação, mas só pode torná-la pública quando tiver provas!”.

Até o fim desta semana a ConJur apresenta em vídeo trechos da entrevista exclusiva concedida no fim de janeiro.  

Clique aqui e leia a íntegra da entrevista.

E veja abaixo o sexto vídeo da entrevista de Lula:

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