Nova estrutura

Minas Gerais terá primeiro Gaeco contra crime organizado do país

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2 de fevereiro de 2020, 11h41

O procurador-geral da República, Augusto Aras, designou, por meio de portaria, cinco procuradores para compor o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal em Minas Gerais. É a primeiro Gaeco criado pela PGR contra crime organizado.

O grupo terá estrutura permanente e especializada de apoio a investigações envolvendo crime organizado e delitos de natureza complexa. A coordenação ficará a cargo do procurador Lucas de Morais Gualtieri, lotado na Procuradoria da República em Pouso Alegre (MG).

Os membros terão mandato de dois anos e vão atuar sem desoneração pré-fixada de seu ofício, facultada a solicitação de desoneração em caso de comprovada necessidade do serviço, pelo prazo máximo de 15 dias por mês.

A portaria da PGR concretizou um projeto previsto em 2013, pela Resolução 146/2013, do Conselho Superior do Ministério Público Federal, que regulamenta a criação dos Gaecos no âmbito do MPF. A iniciativa partiu dos próprios procuradores de Minas que, em 22 de agosto de 2019, aprovaram proposta de alteração do Regimento Interno do MPF do estado, inserindo dispositivos que permitiram a criação do Gaeco.

Nos últimos anos, Minas Gerais tem registrado aumento expressivo de delitos praticados por organizações criminosas como tráfico internacional de drogas e crimes patrimoniais em desfavor de instituições financeiras, além da entrada do PCC nos presídios do estado.

“A criação do Gaeco era uma demanda antiga de diversos membros lotados no estado de Minas Gerais, especialmente daqueles com atuação na área criminal, sobretudo pela percepção de que o crime organizado vem crescendo em sofisticação, aparato operacional e ousadia em suas ações, sem que o MPF tenha se organizado suficientemente para combater essas ações”, disse o procurador Lucas Gualtieri. Com informações da assessoria de imprensa da PGR.

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