Ex-assessor de Trump, Steve Bannon é preso e denunciado por fraude e lavagem
20 de agosto de 2020, 17h02
Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca da gestão de Donald Trump, foi denunciado e preso nesta quinta-feira (20/8) por desviar, para fins pessoais, dinheiro arrecadado para a construção de um muro entre os Estados Unidos e o México.
E foi solto ainda na noite desta quinta após seus advogados fecharem um acordo para libertá-lo em troca de uma fiança de US$ 5 milhões (R$ 27,7 milhões).
Bannon teve de apresentar inicialmente garantias no valor de US$ 1,75 milhão, que poderiam incluir dinheiro vivo e propriedades.
A campanha "We Built That Wall" (nós construímos o muro) arrecadou US$ 25 milhões (cerca de R$ 142 milhões), doados por centenas de milhares de pessoas.
De acordo com a denúncia oferecida por promotores federais em Nova York, Bannon, Brian Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea induziram pessoas a doar com o argumento de que não receberiam salário para a missão e que 100% das verbas arrecadadas seriam destinadas à construção do muro.
Porém, Bannon e os demais usaram centenas de milhares de dólares para outros fins, apontam os promotores. Segundo eles, o ex-assessor de Trump recebeu pelo menos US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,64 milhões) por meio de uma organização sem fins lucrativos. Parte desse dinheiro teria sido usada para pagar despesas pessoais.
Além disso, Bannon e os outros três foram denunciados por lavagem de dinheiro. Tanto esse crime como o de fraude têm pena máxima de 20 anos de prisão.
Declaração de Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que lamenta a prisão de Bannon. No entanto, ressaltou que não falava com ele fazia tempo e que não gostava da ideia de arrecadar dinheiro para a construção do muro.
Se esse projeto — uma de suas promessas de campanha — fosse realizado, teria que ser com verbas públicas, opinou Trump.
Clique aqui para ler a denúncia
*texto atualizado às 20h para acréscimos de informações
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