Os empresários German Efromovich e Jose Efromovich foram presos em São Paulo na manhã desta quarta-feira (19/8), segundo o portal G1, por ordem da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Também são cumpridos pela Polícia Federal seis mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas. De acordo com o Ministério Público Federal, as medidas objetivam "aprofundar as investigações a respeito do envolvimento de dois empresários em esquemas de corrupção na Transpetro, relacionados a contratos de construção de navios firmados pela estatal com o estaleiro EISA".
São alvos dos mandados de busca e apreensão os endereços dos investigados e de quatro empresas do grupo econômico.
Segundo o MPF, uma apuração interna da Transpetro indica que a atuação dos executivos do Eisa junto ao então presidente da estatal Sérgio Machado, hoje delator, causou prejuízos da ordem de R$ 611 milhões à Transpetro.
Entrariam na conta do prejuízo a entrega irregular de um dos navios Panamax encomendados; não entrega dos outros três navios Panamax; dívida trabalhista indevidamente suportada pela Transpetro; e adiantamento de pagamentos da Transpetro ao Eisa, garantidos pessoalmente por um dos empresários presos "com a emissão de duas notas promissórias que nunca foram pagas".
Ainda de acordo com a nota do MPF, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba decretou a prisão preventiva dos investigados e, posteriormente, substituiu por prisão domiciliar com monitoramento eletrônico a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em razão de riscos decorrentes da Covid-19.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 651.396.996,97 das pessoas físicas e jurídicas envolvidas e fixou outras medidas cautelares, como proibição de movimentar contas no exterior, proibição de realizar ato de gestão societária ou financeira em empresas no Brasil e no exterior, ou qualquer forma de ocultação de provas, e proibição de contratar com o Poder Público. Com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal.
Processo 5014964-12.2020.4.04.7000
Comentários de leitores
1 comentário
Preventivas a mancheias, ato final é preciso
Joro (Advogado Autônomo)
Nos estertores, a indefectível “Lava Jato” tenta obter diversionismo de pública sobrevivência, melhor dizer, executa manobras ressuscitatórias, valendo-se do pronto atendimento - e jamais negado - “copia e cola” local?
E os escalões superiores, a despeito do que já veio à tona, tudo prestigiam e mantém? Então, que fique registrado.
Comentários encerrados em 27/08/2020.
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