Investigações preservadas

Por suspeita de venda de decisões, STJ afasta desembargador do TJ-TO

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28 de abril de 2020, 18h47

Para evitar a continuidade de crimes e facilitar a recuperação de dinheiro eventualmente desviado, o Superior Tribunal de Justiça determinou o afastamento do desembargador Ronaldo Eurípedes de Souza, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins.

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Agentes da PF cumpriram mandado de afastamento do desembargador

A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (28/4), dois mandados de afastamento de função pública — teve como alvo um assessor do tribunal apontado como operador do magistrado.

A PF investiga um esquema de venda de decisões judiciais no TJ-TO. O dinheiro depois seria lavado por meio de "laranjas", empréstimos fictícios, contratos de gaveta, transações imobiliárias e atividades rurais. Os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência.

Policiais federais também cumpriram sete mandados de busca e apreensão em escritórios de advogados — incluindo na casa do presidente da seccional do Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil, Gedeon Pitaluga.

Em nota, Pitaluga afirmou que não tem envolvimento com irregularidades e disse que está contribuindo com as investigações.

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