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Licença parental igualitária equaliza o trabalho, diz Peduzzi

10 de abril de 2020, 9h17

Por Redação ConJur

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Em evento com funcionárias do Palácio do Planalto no Dia Internacional da Mulher em 8 de março do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro disse que o primeiro escalão do governo está "equilibrado", uma vez que cada uma das duas únicas mulheres equivale a "dez homens".

Ao todo, a equipe ministerial era formada por 22 pastas. As duas ministras são Damares Alves, da Mulher, e Tereza Cristina, da Agricultura.

"Pela primeira vez, o número de ministros e ministras está equilibrado. Nós temos 22 ministérios: 20 homens e 2 mulheres. Cada uma dessas mulheres que estão aqui equivalem a dez homens. A garra dessas duas transmite energia para os demais", disse.

Para a primeira presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministra Cristina Peduzzi, a equidade de gênero no alto escalão virá em breve. "Penso que em breve será corrigido o percentual das mulheres nos tribunais superiores. Isso é uma questão de pouco tempo", disse em entrevista exclusiva à TV ConJur.  

"No primeiro grau nós temos mais de 50% de mulheres juízas. Nos tribunais regionais, quase 40%. É um ramo do Poder Judiciário que puxa para cima a participação feminina."

Segundo a ministra, a adoção da licença parental igualitária para homens e mulheres (ausência remunerada do emprego para tomar conta da criança recém-nascida) pode tirar a "carga" sobre as trabalhadoras. "Então eu venho dizendo que só no dia em que nós adotarmos aqui licença parental como em alguns países desenvolvidos [na Alemanha ou na Escandinávia], nós teremos uma equalização. Pelo menos as primeiras seis semanas, dois meses", completou.

Desde o último dia 26, a TV ConJur veicula em seu canal no Youtube trechos da entrevista exclusiva concedida à revista eletrônica Consultor Jurídico, no último dia 11 de março.

Leia aqui a entrevista já publicada e veja abaixo o quinto vídeo da série: