Ao compreender os extremos, o caminho do meio é o mais seguro, diz Aras
2 de abril de 2020, 14h48
A antecessora, Raquel Dodge, apesar de não ter sido a mais votada — modo criado pelas gestões petistas para a escolha do responsável, entre outras funções, pela investigação e denúncia de políticos com foro especial, incluindo o presidente da República —, a indicada pelo então presidente Michel Temer fazia parte da lista corporativa.
O jurista e procurador soteropolitano Augusto Aras, que aparentemente corria por fora, acabou sendo indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro do ano passado. O "namoro" já vinha de alguns meses.
O perfil pouco histriônico, pouco midiático e sem ter apego a ideologias político-partidárias também agradou parte do Congresso. "Nestes 2.500 anos de forte influência judaico greco-cristã, o caminho do meio tem sido o mais seguro para que a harmonia se faça em todas as dimensões na sociedade. O caminho do meio não significa não compreender os extremos, mas buscar entre os extremos uma solução que atenda à multiplicidade (…), porque o Direito tem o seu papel de promover harmonia e paz sociais", disse em entrevista exclusiva à ConJur no último dia 10 de março.
"O ciclo corrente é o da polarização, mas esperamos que haja o aprimoramento dos meios de comunicação que têm promovido a polarização. É preciso que haja uma responsabilidade social, especialmente das instituições da sociedade civil. E aqui deposito uma confiança imensa na mídia, na imprensa tradicional. Vivemos um momento difícil, de desinformação, e aposto que a mídia tradicional promova a informação e combata assim a própria desinformação, que parece ser a nota da contemporaneidade."
Desde o último dia 26 a TV ConJur veicula em seu canal no Youtube trechos da entrevista exclusiva concedida à revista eletrônica Consultor Jurídico no último dia 10.
Leia aqui a entrevista já publicada e veja abaixo o terceiro vídeo da série:
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