Documentos retificados

Certidões dizem que mortes de Zuzu e Stuart Angel foram causadas pela ditadura

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9 de setembro de 2019, 12h19

Com base em sentença da Justiça fluminense, o 8º Registro Civil de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro alterou, na sexta-feira (6/9), as certidões de óbito da estilista Zuzu Angel e de seu filho Stuart, mortos pela ditadura militar em 1976 e 1971, respectivamente. Os documentos foram entregues à jornalista Hildegard Angel, filha de Zuzu e irmã e Stuart, informou a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

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A estilista Zuleika Angel Jones, que morreu num acidente automobilístico em 1976
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As certidões agora afirmam que tanto a morte de Zuzu quanto a de Stuart não foi “natural”, mas “violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985”.

Stuart foi preso por militares e torturado até morrer na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em 1971. Cinco anos depois, a mãe, que fazia uma intensa campanha pelo paradeiro do corpo do filho, morreu em um acidente de carro planejado pelo regime ditatorial.

A retificação dos documentos foi autorizada pela procuradora Eugênia Gonzaga, enquanto presidia a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos Ela foi destituída do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), entusiasta da ditadura militar.

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