Celso de Mello vê obscurantismo em censura no Rio de Janeiro
7 de setembro de 2019, 22h11
Para o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, a censura ao livro “Vingadores — A Cruzada das Crianças”, da Marvel, na Bienal, por conta de um beijo entre dois homens, mostra existência de “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo” que se inspiram nas “trevas que dominam o poder do Estado”.
Leia a manifestação do ministro:
“O que está a acontecer no Rio de Janeiro constitui fato gravíssimo, pois traduz o registro preocupante de que, sob o signo do retrocesso — cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado —, um novo e sombrio tempo se anuncia: o tempo da intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático!!!!
Mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República!!!
Uma República fundada no princípio da liberdade e estruturada sob o signo da ideia democrática não pode admitir, sob pena de ser infiel à sua própria razão de ser, que os curadores do poder subvertam valores essenciais como aquele que consagra a liberdade de manifestação do pensamento!!!!”
Novos talibãs
Celso de Mello vê obscurantismo em censura no Rio de Janeiro
Para o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, a censura ao livro “Vingadores — A Cruzada das Crianças”, da Marvel, na Bienal, por conta de um beijo entre dois homens, mostra existência de “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo” que se inspiram nas “trevas que dominam o poder do Estado”.
Leia a manifestação do ministro:
“O que está a acontecer no Rio de Janeiro constitui fato gravíssimo, pois traduz o registro preocupante de que, sob o signo do retrocesso — cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado —, um novo e sombrio tempo se anuncia: o tempo da intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático!!!!
Mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República!!!
Uma República fundada no princípio da liberdade e estruturada sob o signo da ideia democrática não pode admitir, sob pena de ser infiel à sua própria razão de ser, que os curadores do poder subvertam valores essenciais como aquele que consagra a liberdade de manifestação do pensamento!!!!”
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