Fundo da "lava jato"

Amazônia e educação receberão os
R$ 2,6 bilhões recuperados por força-tarefa

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5 de setembro de 2019, 14h51

Foi fechado um acordo nesta quinta-feira (5/9) para destinar R$ 1 bilhão para os incêndios florestais da Amazônia e outro R$ 1,6 bilhão para a educação. Os valores fazem parte do dinheiro recuperado pela operação "lava jato" com a Petrobras. 

Corpo de Bombeiros/ RO
Fechado acordo para destinação de
R$ 1,6 bilhão para Amazônia e educação
Corpo de Bombeiros/ RO

O acordo foi assinado por representantes da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Congresso. E deve ser homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

No dia último dia 23 de agosto, o ministro determinou que os órgãos se pronunciassem em 48 horas sobre a destinação do fundo da "lava" jato". 

O acordo prevê que, da quantia global, R$ 630 milhões deverão ser destinados para ações diretas da União, como operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama, e ainda ao Ministério da Agricultura para ações de apoio à regularização fundiária e de assistência técnica e extensão .

Os R$ 430 milhões restantes deverão ser investidos de forma descentralizada para articulação entre o governo federal e os Estados da região amazônica.

O uso da verba será fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria-Geral da União. Caberá ao governo federal elaborar para a Petrobras relatório sobre os recursos recebidos e sua efetiva aplicação.

Pedido
A decisão do ministro se baseou em pedido da Mesa Diretora da Câmara, que peticionou nesta sexta-feira, no STF, sugerindo que parte do dinheiro obtido pela operação "lava jato" em acordo com a Petrobras fosse destinado aos incêndios florestais.

O pedido foi feito no âmbito da RCL 33.667, de relatoria de Alexandre de Moraes, reclamação na qual o ministro suspendeu os efeitos de acordo firmado entre a Petrobras e o MPF. O acordo gerou o montante de R$ 2,5 bilhões, mas, por determinação de Moraes, o valor, então depositado na conta da 13ª vara Federal de Curitiba, foi bloqueado.

A casa sugere que parte do dinheiro sub judice agora seja utilizada em favor do meio ambiente.

Clique aqui para ler a íntegra do acordo
ADPF 568
Rcl 33.667

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