Modelagem da leniência

"Entes públicos precisam oferecer balcão único de negociação", diz Daiello

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2 de setembro de 2019, 18h04

Os entes públicos precisam oferecer ao setor privado um balcão único de negociação para garantir previsibilidade aos acordos de leniência. A afirmação é do advogado Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal entre 2011 e 2017.

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ConJurLeandro Daiello defende que órgãos públicos se unam para firmar acordos

Segundo Daiello, uma das maiores dificuldades para o advogado é explicar ao cliente com quem firmar acordo. E mais ainda: como será decidido seu caso. Isso acontece porque diversos órgãos são titulares para firmar o acordo.

“Atualmente, é impossível explicar ao cliente que quer fazer com uma leniência com quem ele deve falar. Não é possível dar garantia para ele de que naquele acordo o problema estará resolvido”, afirmou nesta segunda-feira (2/9).

Ao tratar da corrupção, o advogado defendeu ainda que o empresário lida com insegurança jurídica para investir no Brasil. Um dos efeitos da corrupção na infraestrutura, segundo ele, "é inibir onde fazer o empresário vai fazer negócio, isso é se for mesmo fazer". "Além de gerar ineficiência e distorcer a composição dos gastos públicos. Quem vai investir num estado que tem sobretaxa de corrupção?"

Daiello participou do seminário O papel do Judiciário na retomada do desenvolvimento do Rio de Janeiro, organizado pela ConJur na Escola da Magistratura do Estado do Rio.

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